Pedras com limo, dizem
São velhas senhoras
De sempre vestem verde
Em festas de dias chuvosos
As ruínas, murmura-se
São sábios anciões
Que do tempo tiram o pó
E da arquitetura, a certeza
A umidade é uma cúmplice
Acusa as ampulhetas
Renegando um apadrinhamento
Que aceitara quando garoa
O Vento flerta rasteiro
E daninho lembra às janelas
Que os dias já o iniciaram
Na arte de seduzir vidraças
A rede possuída de brisa
É louca de noites quentes
E a soleira fala em saudades
Pra moirões caducos curvados
As taperas, sabemos
São solteironas chorosas
Que iludidas com orvalhos
Pariram apenas décadas
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